Blog do Alessandro Andrade. Magrinho, Engenheiro e toca violão.

Produtos que foram feitos para não durar

Esses dias eu estava pensando sobre a dura e ingrata realidade sobre alguns utensílios, que definitivamente foram feitos pra durar relativamente pouco tempo. Seja por sumirem ou simplesmente estragarem, certos produtos que compramos foram friamente arquitetados para que você tenha que comprá-los novamente algum tempo depois.

Resolvi fazer uma lista dos que podem ser identificados mais facilmente.

1) Fones de ouvido:

Todo fone de ouvido tem uma fragilidade agoniante. Pessoalmente, eu considero um privilégio ter um fone de ouvido que esteja funcionando. Quando compro um fone de ouvido novo, aproveito ao máximo os seus primeiros dias porque sei que mais cedo ou mais tarde, ele vai estragar. E pra mim, um dos momentos mais tristes na vida efêmera dos fones de ouvido, na verdade é quando um dos lados se estraga. Quando isso acontece, você tem a sensação que seu fone, que funcionava que era uma beleza, automaticamente passa a ser um fone meia boca, quase literalmente. E aí você fica ouvindo sua música com tristeza, por ter apenas metade do som que você queria.

2) Guarda-chuvas:

Outro objeto que, segundo alguém já me falou um dia, foi fabricado com o explícito intuito de fazer com que você o perca é o guarda-chuva. Tenho certeza que esse é o item número 1 nos achados e perdidos de rodoviárias, aeroportos e em qualquer outra estação de transporte coletivo. Segundo essa pessoa me falou em algum momento da minha vida, a maioria dos guarda-chuvas são pretos para que você não o veja direito mesmo. Para que não chame atenção. Não existe nenhuma outra explicação estética para isso.

Sem falar na atual fragilidade dos guarda-chuvas fabricados hoje em dia. Qualquer ventania mais forte é capaz de desmantelar até o mais resistente dos guarda-chuvas. Definitivamente, esse produto precisa de alguma inovação tecnológica que permita que eles não quebrem nem sumam com tanta facilidade. Afinal de contas, eu não consigo perceber nenhuma diferença considerável nos guarda-chuvas ao longo do século 20 e 21. Basicamente eles sempre foram a mesma coisa. Mas imagino que os fabricantes queiram mantê-los assim, para não aumentar os gastos na fabricação e fazer com que você tenha N motivos para comprar outro guarda-chuva. Afinal, se ele quebrou ou sumiu, compre logo outro.

3) Cortadores de unha:

Não importa onde você guarde essa mini-ferramenta manicurística também conhecida como Unhex, dificilmente você vai encontrá-la. Mesmo porque, você provavelmente vai se ver dentro de uma de duas situações.

Numa delas, você vai guardar tão bem o bendito cortador de unha, mas tão bem guardado, que nem você vai se lembrar onde colocou ele quando precisar. Na outra situação, se considerarmos que você mora com seus familiares, provavelmente algum deles vai usar o objeto e deixar largado em algum lugar não identificado da casa.

Nesse momento você pode estar pensando “ah, é fácil, é só deixar ele preso no chaveiro da sua chave” e se achando muito sabido. No entanto, meu caro, fatalmente você vai se ver na segunda situação descrita acima, quando alguém da sua casa tiver perdido o cortador de unha comunitário e pedir pra você. Aí se dará o seguinte diálogo:

– Você viu o cortador de unha?
– Não sei… tem um no meu chaveiro.
– Ah, legal! Vou tirar um pouco pra cortar as unhas e já te devolvo, ok? É ruim de usar com essas chaves todas presas nele…

Aí meu amigo… diga adeus ao seu cortador de unha.

4) Pen drives:

Não sei se é só comigo, mas eu tenho uma facilidade incrível para perder pen drives. Os últimos dois eram idênticos ao da figura acima, aliás. Na época dos disquetes (sim, eu passei por ela) não era assim tão caro perder um disquete. Hoje em dia, não ocorre o mesmo com os pen drives. Por mais que eles estejam barateando, ainda não chegam a custar a mixaria que custava um disquete.

Na verdade, eu acho que a pior coisa em se perder pen drives não é nem o custo de um deles. A pior coisa é que os pen drives somem exatamente nos momentos em que você mais precisa deles, quando você realmente precisa transportar alguma coisa de um lugar para o outro. Quando você precisa fazer aquela apresentação na aula da faculdade que vai valer a nota do semestre ou quando vai fazer uma apresentação no trabalho que custou um mês inteiro de trabalho, por exemplo. Quando você está somente com aquelas mp3 que baixou mas nunca ouve ou com as fotos do último churrasco na casa do colega, o pen drive nunca some.

 

Enfim, essas foram as coisas que lembrei pensando um pouco. Se você lembra de mais alguma coisa que costuma perder, deixe aí nos comentários.

Ah, e se você esquecer que comentário ia fazer, não liga não. Depois você passa aqui e deixa outro.

*A idéia original, contida no início  deste texto, foi publicado pelo Wordmobi

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2 Comments

  1. Cacovsky

    Cara, fones de ouvido… tenho uma relação de amor e ódio com essas traquitanas. Normalmente quebram logo após a garantia da loja. Entretanto, tenho um fone de ouvido que já me acompanha há uns dois anos, MUITO BOM. Só que é grande demais pra sair na rua.

    De forma semelhante, tenho um pendrive SONY que tem 4 anos comigo. Comprei um Multilaser, acho que era falsificado, durou 3 meses.

  2. Vinícius Simões

    Fone de ouvido é uma grande merda mesmo.Eu sempre aproveito os primeiros dias deles,porque depois,vai estragar.O fone de ouvido que eu comprei agora, o segundo,já estragou.Primeiro,foi o fone do meu mp4.Comprei esse que eu estava agora,e já estragou.Também,era uma merda mesmo.Mas tem o lado bom do meu fone ter estragado,,sabe qual é?É que eu tinha que pôr no volume máximo só pra conseguir escutar as músicas um pouco mais baixas.Não era de boa qualidade.É o que não presta,é melhor que estrague ou que vá embora,não é?

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